Por GUSTAVO ALVES RATTES
Estamos em 2013, o mundo evolui, a tecnologia caminha a passos largos, mas o brasileiro infelizmente não progride em suas atitudes, adotando um comportamento rasteiro diante de certas situações que se descortinam no dia a dia.
Segundo Adorno (1950), a fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante. Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais. Partidárias do seguimento às normas e do respeito à tradição, elas são hostis com aqueles que desafiam as regras sociais. Respeitam a autoridade e submetem-se a ela, bem como se preocupam com o poder da resistência. Ao olhar para o mundo através de uma lente de categorias rígidas, elas não acreditam na natureza humana, temendo e rejeitando todos os grupos sociais aos quais não pertencem, assim como suspeitam deles. O preconceito é uma manifestação de sua desconfiança e suspeita.
O preconceito sexual visa discriminar e intimidar a pessoa de diferente orientação sexual. Homossexuais e bissexuais costumeiramente vêm sendo agredidos fisicamente e verbalmente, além de serem discriminados por seus direitos legítimos civis já legalizados pelo Supremo Tribunal Federal. O preconceito social advém daqueles que se acham superiores aos demais por deterem o capital e bens de capital, e, infelizmente, existem inúmeros casos de pessoas que se consideram superiores aos menos favorecidos. O racismo ainda predomina bastante no Brasil, apesar de o nosso país possuir uma imensa miscigenação de sua sociedade. Os tempos da escravidão se foram, mas até hoje deixam marcas do passado, criando um abismo entre negros e brancos no que diz respeito ao acesso às universidades públicas e empregos de melhores salários. As cotas públicas se fazem presentes para tentar reduzir estas desigualdades.
Dentre o universo do preconceito brasileiro, presenciamos diariamente pessoas denegrindo as outras. Temos as loiras rotuladas de burras, os evangélicos taxados de radicais, os espíritas, de mentirosos, e os umbandistas, de "frangos de macumba". Mais recentemente, um novo sentimento preconceituoso veio à tona: o com relação aos médicos estrangeiros, principalmente os cubanos, simplesmente por possuírem pele negra. Uma jornalista chegou a divulgar na rede social que uma cubana se parecia mais com uma empregada doméstica. Por quê? Pele negra? Cabelo "duro"? Até mesmo médicos brasileiros estão adotando uma postura medíocre e rasteira diante da presença deles no Brasil! Outro preconceito também faz parte da nossa sociedade: o desprezo ao nordestino nas regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Toda minoria deve e tem que ser respeitada! Ninguém é melhor do que ninguém por possuir a cútis branca, por ser heterossexual, por ter um carro de luxo ou zero quilômetro, por ser católico ou evangélico! Todos estes absurdos têm que ser combatidos para que possamos deixar para as gerações futuras um mundo mais equilibrado e civilizado! Diga não ao preconceito!
do site: http://www.tribunademinas.com.br/opini-o/artigo-do-dia/diga-n-o-ao-preconceito-1.1337812
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