A importância do conhecimento
O conhecimento humano é uma expressão usada para toda a experiência humana adquirida até o momento. É a soma de todos os pensamentos, criações e invenções da mente humana.
"Para alcançar conhecimento, adicione coisas todo dia. Para alcançar sabedoria, elimine coisas todo dia. "
(Lao-Tsé)
(Lao-Tsé)
"Integridade sem conhecimento é fraca e inútil, mas conhecimento sem integridade é perigoso e horrível."
( Samuel Johnson)
Embora o conhecimento sempre tenha sido necessário para elaborar os produtos, sua importância aumentou vertiginosamente com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, particularmente nas últimas décadas do século XX.
É fundamental saber como utilizar as informações e o conhecimento já existentes na organização. O "conhecimento" não se encontra apenas nos documentos, nas bases de dados e nos sistemas de informação, mas também nos processos de negócio, nas práticas dos grupos e na experiência acumulada pelas pessoas para aumentar sua produtividade e conquistar novas oportunidades.
Peter Drucker (1993) já indicava a importância do trabalhador intelectual. A partir de 1994, através de diversos autores, como Thomas Stewart, Leif Edvinsson, Larry Kahaner, Thomas Davenport, Laurence Prusak, Dorothy Leonard, Peter Senge, Anthony DiBella, Edwin Nevis, Debra Amidon, entre muitos outros, a abordagem da Gestão do Conhecimento vem ganhando força no mercado e no meio acadêmico.
O tangível está cedendo lugar ao intangível. Para perceber essa tendência, é útil analisar exemplos recentes de mercado, buscando entender como está a relação entre o valor real da empresa (sua capacidade de gerar riqueza) e o patrimônio líquido que está contabilizado no seu balanço patrimonial. Leif Edvinsson costuma citar em seus artigos o caso da Microsoft, onde essa relação chega a ser de 100 para 1: 99% do valor de uma das mais importantes empresas do mundo não estão situados no campo do tangível.
Esta nova sociedade pressupõe uma mudança de cultura refletindo nas organizações, temos como exemplo Bill Gates considerado um dos homens mais rico do mundo, e o que vende? Capital intelectual, não sendo mente fabril.
Para Davenport (1998), capital intelectual ou conhecimento é gerenciar o conhecimento de funcionários. Apenas recentemente as empresas começaram a estimular seus funcionários a contribuir para as bases de conhecimento e para os bancos de dados de discussão. O conhecimento muitas vezes é um processo longo e confuso, e as maneiras de utilizá-las são múltiplas e imprevisíveis. Quase todas as primeiras tentativas de "construir o conhecimento falharam. Uma abordagem ecológica é fundamental simplesmente porque os seres humanos são essenciais para conceber, interpretar e obscurecer esse complexo tipo de informação".
Informação e conhecimento são, essencialmente, criações humanas, e nunca seremos capazes de administrá-los se não levarmos em consideração que as pessoas desempenham, nesse cenário, um papel fundamental.
Davenport (2001) define dados como "observações sobre o estado do mundo" e definiu conhecimento como a informação mais valiosa e, conseqüentemente, mais difícil de gerenciar. É valiosa precisamente porque alguém deu à informação um contexto, um significado, uma interpretação; alguém refletiu sobre o conhecimento, acrescentou a ele sua própria sabedoria, considerou suas implicações mais amplas. Afirma que a importância do envolvimento humano aumenta à medida que evoluímos por esse processo dados-informação-conhecimento. Os computadores são ótimos para nos ajudar a lidar com dados, mas não são tão adequados para lidar com informações e, menos ainda, com conhecimento.
Dado, informação e conhecimento.
De acordo com as definições do Dicionário do Aurélio da Língua Portuguesa, não há grande diferença entre dado, informação e conhecimento. Ainda que com explicações diversas, cada um dos termos é apontado como sinônimo para os outros.
Já para os lingüistas, a análise é um pouco diferente. De acordo com o texto "Dado, Informação, Conhecimento e Competência", do professor Waldemar Stzer, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de São Paulo, "informação" é uma abstração informal que está na mente de alguém, representando algo significativo para essa pessoa, enquanto "dado" é a representação da informação em formato que permita que ela seja armazenada em um computador.
Outra diferença fundamental apontada pelo autor é que o dado é puramente sintático, enquanto a informação é algo que contém, necessariamente, semântica. Finalmente, o professor caracteriza "conhecimento" como uma abstração interior, pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado por alguém. Assim, o conhecimento não pode ser descrito.
Outra diferença fundamental apontada pelo autor é que o dado é puramente sintático, enquanto a informação é algo que contém, necessariamente, semântica. Finalmente, o professor caracteriza "conhecimento" como uma abstração interior, pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado por alguém. Assim, o conhecimento não pode ser descrito.
O filósofo francês Pierre Levy (1999), um dos principais estudiosos sobre a chamada Era da Informação, também apresenta alguns conceitos interessantes sobre os termos. O autor destaca que a informação e o conhecimento são as principais fontes de produção de riqueza, explicando que o saber antes se prendia ao fundamento e hoje se mostra como figura móvel. Levy diz que, hoje, o conhecimento está nas mãos das pessoas que aprendem, transmitem e produzem conhecimentos de maneira cooperativa em sua atividade cotidiana. E constata que quando a informação é transmitida de uma pessoa para outra, esta não a está perdendo; e que quando esta informação é utilizada, ela não é destruída.
"O valor de todo o conhecimento está no seu vínculo com as nossas necessidades, aspirações e ações; de outra forma, o conhecimento torna-se um simples lastro de memória, capaz apenas - como um navio que navega com demasiado peso - de diminuir a oscilação da vida quotidiana."
(V. O. Kliutchevski)
Christiana Nantes é pós-graduada em Administração e Tecnologia da Informação pela UFF e Analista de Negócios de uma multinacional.
A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada. Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.
Além dos conceitos aristotélico e platônico, o conhecimento pode ser classificado em uma série de designações/categorias:
Conhecimento Sensorial:
É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).
Conhecimento Intelectual:
Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.
Conhecimento Vulgar/Popular:
É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.
Conhecimento Científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.
Conhecimento Filosófico: Mais ligado à construção de idéias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.
Conhecimento Teológico:
Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da revelação da divindade. A finalidade do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.
Conhecimento Intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana. Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.
1.Intuição Sensorial/Empírica: "A intuição empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis do objeto externo: cores, sabores, odores, paladares, texturas, dimensões, distâncias. É também o conhecimento direto e imediato de estados internos ou mentais: lembranças, desejos, sentimentos, imagens." (in: Convite à Filosofia; CHAUÍ, Marilena).
2.Intuição Intelectual: A intuição com uma base racional. A partir da intuição sensorial você percebe o odor da margarida e o da rosa. A partir da intuição intelectual você percebe imediatamente que são diferentes. Não é necessário demonstrar que a "parte não é maior que o todo", é a lógica em seu estado mais puro; a razão que se compreende de maneira imediata.
Finalizo esse artigo com mais duas frase:
"Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos." — Leonardo da Vinci
"O verdadeiro conhecimento vem de dentro." — Sócrates
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