Deus perdoa sempre,mas se aperto um espinho me ferirei,somos responsáveis por nossas ações.
Sexo com Amor, é benéfico ao casal e torna a vida mais bela
O jeito que você é
Preso no Paraíso - Bruno Mars
falando pra lua
Um
 dos conceitos mais arraigados na nossa cultura cristã é a idéia do 
pecado. Desde a mais tenra idade nos ensinam que somos todos pecadores, 
que tudo de errado que fazemos é pecado e que por isto devemos ser 
punidos, ou como é mais comum dizermos, castigados. Fazendo-se uma 
análise, à luz da razão, desta relação entre pecado e castigo, vamos 
verificar que este é um processo que apenas gera medo e temor, 
levando-nos a conter nossos atos, não pela educação, mas pela ameaça do 
respectivo castigo. Mas será esta a maneira adequada de levar as pessoas
 à obediência do Evangelho? Será este o meio adequado de implantar o 
amor entre os homens? Antes de nos concentrarmos na busca de uma 
alternativa, seria interessante que fôssemos procurar a origem desta 
visão punitiva.
Quando
 Moisés retirou seu povo do Egito, os Hebreus estavam completamente 
influenciados pela cultura egípcia, a idéia de um Deus único era 
estranha e não havia qualquer disciplina entre eles, era um povo rebelde
 e acostumado à prática do roubo, do adultério e da adoração a vários 
deuses. Era ainda um povo primitivo, incapaz de espontaneamente 
modificar sua conduta. Não existia outra maneira de levá-los a abandonar
 os velhos hábitos a  nossaser a adoção da imagem de um Deus punitivo, um 
Deus que se irava e que castigava implacavelmente aqueles que não 
obedecessem a “sua Lei”, era o tempo do “olho por olho, dente por 
dente”.
Quando
 Jesus veio à terra, seu discurso falava de um Deus tão amoroso que ele o
 chamava de Pai, sua mensagem não era mais o antigo conceito do Deus 
vingativo, mas do Deus que perdoava e que nos queria vivendo como 
irmãos, perdoando e oferecendo a outra face.
Com
 o advento da Idade Média, a Igreja resgatou o conceito mosaico do 
pecado, e a idéia de que os pecadores precisavam ser castigados como 
forma de remir suas faltas, além disso, foi fortalecida a idéia da ação 
do demônio na vida dos homens e de que se não “pagássemos” pelas nossas 
faltas estaríamos irremediavelmente condenados ao fogo do inferno. Essa 
concepção foi transmitida através das gerações e chegou até os nossos 
dias, onde continuamos temendo os castigos de Deus.

O
 Espiritismo, através de uma visão amadurecida, observa sob uma nova 
ótica a questão do pecado, lançando a luz do entendimento sobre o 
assunto e trazendo conforto e esperança aos homens, que doravante apagam
 a noção de pecadores e passam a assumir o papel de seres em evolução, 
ainda imperfeitos é verdade, mas rumando inexoravelmente para uma 
condição superior onde não mais cometerão os erros atuais. Alguns
 podem julgar esta posição absurda, mas então vamos parar um minuto e 
perguntar a nós mesmos: Quantos de nós, que somos humanos, ao invés de 
darmos nova oportunidade a nossos filhos, quando estes fazem algo que 
julgamos errado, os expulsamos de casa e os condenamos a viver 
eternamente com sua culpa? Então por que Deus que é o infinito amor 
agiria de uma forma pior do que a nossa? Afinal não foi Jesus quem 
disse: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 7:11).
Apaguemos
 de nossas mentes a idéia da culpa. Para Deus e para Jesus nós não somos 
culpados; somos responsáveis pelos nossos atos e devemos responder pelas
 nossas ações, não através do famigerado castigo, mas através de 
mecanismos que nos levam à conscientização de nossas atitudes 
equivocadas e da reparação dos mesmos, pois o equívoco faz parte do 
processo de aprendizado e como seres em evolução precisamos vivenciar as
 mais diversas experiências para alcançar o progresso espiritual, e 
nessa jornada de luz é natural que nos enganemos, mas, é imprescindível 
que nos esforcemos para crescer. O objetivo da lei divina não é punir, 
mas, educar, fazendo com que cada indivíduo
 evite repetir seus erros pela compreensão de que sua atitude passada 
foi inadequada e que é necessário uma mudança de conduta.
 
  
As fases deste processo de mudança são: o arrependimento, momento em que reconhecemos a nossa falha de conduta, a expiação, que é quando vamos refletir sobre o que fizemos e finalmente a reparação,
 que é o ápice deste processo, pois é quando alteramos nossos passos ou 
corrigimos o ato falho. Observem a lógica desta proposta, nela todos 
saem enriquecidos; nós, pelo amadurecimento, e o outro (a quem 
porventura prejudicamos), por ser valorizado ao consertarmos os nossos 
enganos.
A
 vida é uma dádiva de Deus, que no-la concedeu, para que alcancemos a 
felicidade, e não para vivermos com medo, vamos todos então trabalhar 
para alcançarmos a comunhão com Ele, certos de que: “Todo homem 
podendo corrigir as suas imperfeições pela sua própria vontade, pode 
poupar-se os males que delas decorrem e assegurar a sua felicidade 
futura” 
Edilson Botto
 
 
 
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