A PROPÓSITO DA COMUNICAÇÃO
DE
CRISTÓVÃO COLOMBO
O Sr. Th... observa, a propósito da comunicação de Cristóvão Colombo, obtida na sessão anterior, que suas respostas relativas à sua missão e à dos Espíritos em geral parecem consagrar a doutrina da fatalidade.
Vários membros contestam esta conseqüência das respostas de Cristóvão Colombo, de vez que a missão não tira a liberdade de fazer ou não fazer. o homem não é fatalmente impelido a fazer tal ou qual coisa. Pode acontecer que, como homem, se comporte mais ou menos cegamente; mas, como Espírito, tem sempre a consciência do que faz e fica sempre senhor de suas ações. Supondo que o principio da fatalidade decorresse das respostas de Colombo, isto não seria a consagração de um principio que, em todos os tempos, foi combatido pelos Espíritos. De qualquer maneira seria apenas uma opinião individual. Ora, a Sociedade está longe de aceitar como verdade irrefutável tudo quanto dizem os Espíritos, pois sabe que estes podem enganar-se. Poderia muito bem um Espírito dizer que é o Sol que gira em redor da Terra, o que não seria mais verdadeiro pelo simples fato de vir de um Espírito. Tomamos as respostas pelo que elas valem; nosso objetivo é estudar as individualidades, seja qual for o grau de superioridade ou de inferioridade; assim adquirimos o conhecimento do estado moral do mundo invisível, não dando nenhum crédito às doutrinas dos Espíritos, senão quando estas se acomodem à razão e ao bom senso, e quando nelas realmente haja luz. Quando uma resposta é evidentemente ilógica ou errônea, concluímos que o Espírito que a deu está ainda atrasado. Eis tudo. Quanto às respostas de Colombo, de modo algum implicam a fatalidade.
Revue, 8/1859
- Postado por: filosofia espírita às 14h43
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