Severino secando e sofrendo
Esta seca não está
mole
Só nossa fé pra nos
salvar
Por mais que agente
plante e se esfole
Nada nasce, nada dá
Um amigo da cidade
grande viu na televisão
Tanque de gasolina
enterrado virando carro-pipa, corrupção
Disse que os pipeiros
não tão nem aí
Ganham 15 mil por
mês, e nós morrendo aqui
Passou na Globo, e
reclamam da corrupção
Mas é pobre matando
pobre, irmão contra irmão
Se vocês sentisse o
que sinto não faziam isso não
Meu padim padre Ciço
tá chorando no sertão
Como pode uma pessoa
viver da desgraça alheia
Enquanto isso José
Dirceu tá dormindo de meia
Num hotel luxuoso,
dizem que é funcionário
Sou sertanejo, pobre,
mas nunca serei otário
A justiça tarda mas
num fáia, entrego a Deus na mão
Ele me dará o o
refrigério , o mar vai virar sertão
O sertão vai virar
mar, afinal nos encontraremos
E eu que nunca fiz o
mal e suportei com resignação
Estarei em melhor
posição, não mais sofreremos
Ao meu padim direi,
tadim de nosso irmão
Tudo que Jesus quer é
que nos amemos em união
Que aprendamos a
crescer eternamente
A paz, a
solidariedade . fará da vida uma canção
Bela , singela, que
aquecerá o coração dormente
Poesia feita por Danilo Galvão em 02/12/2013
Morte e vida severina
Nenhum comentário:
Postar um comentário