domingo, 2 de junho de 2013

O ABC do Amor: Poesias e Declarações - Amor

My girl - Pato Fu

Amor

Sentimento humano e forte
Está presente em tudo, seja o que for
Sem dúvida pode mudar minha sorte
Se não buscá-lo em quem me cause seu ardor

Ele nos suporta, nos move sempre adiante
Como o calor morno ele aparece  e nos aquece
Ele enobrece e faz da união algo brilhante
Ele cresce e quando nos conhecemos , nos enriquece 

Ás vezes ele mal correspondido causa dor
Mas quando é pleno vira fonte infinita de felicidade
Faz o mundo acinzentado ganhar vida e muita cor
Pois ele é composto de carinho e verdade

Ele traz beleza a cada momento
Ele enche nosso coração de ternura
Sacia nosso vazio frio e  sedento
Ele de todos os males é a cura
Esta é sua postura e formosura

Ele é eterno, nunca desaparece
Pelo contrário ele amadurece
Unindo os dois com paz e afeto
Fortalecendo-os de modo discreto

Para amar é preciso ver o melhor do amado
E aceitar os defeitos que o mesmo tem
É sentir uma leveza, um doce sentir alado
Que nos leva pra onde não é terra de ninguém

Achar alguém pra mora em nosso coração
Alguém que encha os desertos com flores
Que faça isso tudo com uma simples ação
Abrindo um lindo sorriso, onde quer que fores

Escrito por Danilo Galvão em 02/06/2013















Il Vollo - Más que Amor


Khalil Gibran - Narado por Letícia Sabatella - O Amor

O Amor ~
                                                                                                                      ~ Gibran Kahlil Gibran ~
Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”
E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão,
e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.
 Copyright © Arnaldo Poesia - Le Monde de Paris - Quinzaine Littéraire, Paris.


 

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